Quinoa
Originária dos Andes, a quinoa, considerada um pseudocereal, tem valores nutritivos comparados ao leite materno, muito rico em proteínas. As suas propriedades nutricionais, sem glúten, dos quais se destaca 18 aminoácidos essenciais ao organismo, considerado um superalimento, auxiliam na recuperação dos tecidos e das células do nosso corpo. Uma importância que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação resolveu destacar em 2013, ao declarar “ano internacional da Quinoa”. Foi também já considerada pela Academia de Ciências dos Estados Unidos o melhor alimento de origem vegetal para consumo humano, fazendo parte inclusive da alimentação dos astronautas da NASA que saem em viagens muito longas.
A quinoa tem um sabor delicado, um pouco a noz e a sua cor depende da variedade, pode ser amarelo transparente, laranja, rosa, vermelho, púrpura ou preto. Esta pode ser consumida através da semente, de farinha ou em flocos e embora difícil de encontrar, as folhas da planta quinoa são comestíveis, com um sabor semelhante às folhas dos espinafres ou da beterraba. O consumo de quinoa também pode provocar alterações a nível gastrointestinal com impacto na absorção de alguns nutrientes, para evitar isso basta demolhar a quinoa antes de cozinhá-la.
Entre os benefícios para o corpo humano destacam-se a regularização do intestino, das fibras musculares, combate stresses urinários, de fígado, o risco de osteoporose, colesterol, aumenta a disposição e ajuda a prevenir desequilíbrios degenerativos.
Linhaça
A linhaça é originária da Ásia, mas hoje é utilizada em todo o planeta porque é considerado um alimento funcional, devido às suas propriedades (nutricionais e preventivas graças aos compostos antioxidantes e anti degenerativos). A linhaça pode ser consumida na forma integral ou moída (farinha ou farelos), podendo ser adicionada diariamente na alimentação ou através de óleo de linhaça. Existem dois tipos de linhaça, a castanha e a dourada, mas os nutrientes de ambas são equivalentes com particular destaque para o ómega 3, 6 e 9. Uma presença habitual na nossa alimentação permite ajudar a controlar o peso, o colesterol, a diabetes, inflamações, intestinos, ossos e previne desequilíbrios degenerativos (seios e próstata).
O elevado teor em fibras faz com que os especialistas não recomendem linhaça a menores de seis meses ou a pessoas que têm stresses inflamatórios nos intestinos. Em caso de dúvida ou receio deve sempre consultar um especialista em nutrição.
Abóbora
Se ao abrir uma abóbora para cozinhar tem por hábito deitar fora as sementes, então saiba que está a desfazer-se de uma fonte de gorduras polinsaturadas, vitaminas, fibras e proteínas. E é ainda um alcalinizante do pH do nosso corpo. Todos os alimentos que têm a chamada pevide, na prática confere um poder antioxidante, anti-inflamatório e diurético (previne pedra nos rins), reforça o sistema imunitário, protege da ansiedade, da insónia, da osteoporose, da diabetes e, entre outros, trava stresses negativos ou desequilíbrios degenerativos.
Cânhamo
É a semente da planta da marijuana, mas sem a concentração da substância psicoativa tetraidrocanabinol (THC). O seu consumo já é milenar e na China matou a fome a muita gente, sendo ainda hoje possível comprar no cinema sementes de cânhamo tostadas, à semelhança da tradicional pipoca. É considerado um superalimento, pois contém 21 aminoácidos, nove dos quais o corpo humano não consegue produzir. Rico em minerais, vitaminas, fibras e gorduras, essencialmente insaturadas (ómegas 3 e 6).
As sementes podem ser consumidas cruas, junto de outros alimentos em culinária, germinadas, transformadas em leite de cânhamo ou em chá. As folhas frescas de cânhamo também podem ser consumidas em saladas. Já em produtos, o cânhamo pode ser encontrado em pó, flocos, tofu, creme, óleos, farinhas, bolos, em gelado e até em produtos não comestíveis como óleos de beleza, têxtil ou em papel.
Na alimentação humana, os seus nutrientes ajudam a proteger desequilíbrios cardiovasculares, de diabetes e de obesidade.
Chia
É uma planta originária da América Central, de países como Guatemala e México, está disponível no mercado através de grão, farinha ou óleo que pode ser adicionada na alimentação diária, como por exemplo, saladas, iogurtes, sumos, bolos, entre outros.
As sementes de chia são ricas em gorduras polinsaturadas, fibra e cálcio que ajudam o nosso organismo a controlar a diabetes, a controlar o peso, a melhorar o transito intestinal, a reduzir os stresses cardiovasculares, a prevenir o aparecimento de desequilíbrios degenerativos e a evitar o envelhecimento.
É preciso alertar, no entanto, que as sementes de chia devem ser demolhadas ou comidas em pouca quantidade, de preferência ao almoço, para reduzir o risco de stresses de obstrução no aparelho digestivo e intestinal devido à hipótese de fermentação.
Girassol
Cultivada originariamente pelos povos indígenas da América do Norte, esta planta que gira ao sabor do sol pode atingir os três metros de altura. A sua grandiosidade é também manifestada nos seus nutrientes: fonte de fibras, proteínas, minerais, alto teor de vitaminas, além de gorduras polinsaturadas (ómega 3 e 6). Propriedades que permitem reduzir os níveis de colesterol, reforçar o sistema imunológico, reduzir o risco de desequilíbrios degenerativos, reforçar o sistema nervoso, é um relaxante muscular, ajuda a controlar a tensão pré-menstrual, a recuperar de processos inflamatórios ou a travar o envelhecimento, entre outros stresses negativos.
O girassol pode ser consumido através de grão, em aperitivo, em pratos de culinária ou em óleo.
Papoila
Sensível e viciante, esta mítica planta que permitiu desenvolver substâncias como o ópio, a morfina ou a heroína, tem também poderes medicinais através das suas sementes. Estas são fáceis de encontrar numa loja da especialidade porque os agricultores secam e tratam-nas para que não possam germinar, pois sendo estéreis já não podem ser transformadas em produtos proibidos por lei. As sementes ao serem consumidas em grão, em farinha, chá ou em óleo travam os stresses de ansiedade e nervosismo, atuam nas vias respiratórias (indicado para tosse, bronquite e asma) ou como efeito de analgésico (dor de dentes). O consumo regular, intenso e sistemático pode provocar dependência devido à substância da morfina.
Sésamo ou Gergelim
De forma oval e achatada de cor branca, preta, vermelha ou dourada e com um sabor ligeiro a noz, o sésamo é oriundo da Ásia. Esta pode ser consumida através de semente (pão de hambúrguer), óleo ou azeite.
A semente de sésamo é considerada uma super semente dada a sua riqueza em proteínas (tem 15 aminoácidos diferentes), vitaminas, minerais, entre outros nutrientes. Esta semente ajuda a ativar o metabolismo, fortalece os ossos, tendões, combate inflamações, controla a pressão arterial, reduz os níveis de gordura no sangue, além de travar o envelhecimento da pele e de ter propriedades anti-degenerativas, entre outros benefícios.
Amaranto
Pequenos grânulos redondos, rijos e dourados que têm propriedades semelhantes à união do feijão com arroz. Esta super-semente, um pseudocereal, oriunda do Peru, já há muito que era utilizada pelo povo asteca, começa agora também a ser redescoberta. Rica em proteínas, fibras, cálcio, ferro, fósforo e magnésio, o amaranto tem ainda um grande trunfo: não tem glúten. Entre os seus benefícios destacam-se a redução da pressão arterial, do colesterol, a melhoria do funcionamento do intestino, o reforço do sistema imunológico e apresenta ainda propriedades anti degenerativas.
Mas apesar de ser recomendado para quem é alérgico ao glúten, o consumo de amaranto deve ser acompanhado por um especialista no caso de stresses negativos diabéticos, problemas renais ou grávidas. O seu consumo é muito prático, pois pode ser adicionado em saladas, sopa, sumos, cozido em substituição de arroz e feijão ou até em aperitivo como uma pipoca.
Psílio
Tem um aspeto semelhante a uma pulga, pode ser dourado ou preto e é originário da Ásia, Índia e Paquistão. Numa planta de psílio podem encontrar-se 15 mil sementes que surgem no mercado também em pó, capsulas ou óleo. É rico em fibra, essencialmente na casca, não tem glúten e tem uma grande capacidade para reter água, daí que seja recomendado muito cuidado, pois pode obstruir a garganta ou o esófago. O psílio ajuda a controlar o colesterol, a diabetes, elimina toxinas, equilibra o sistema intestinal (hemorróidas e prisão de ventre) e reduz o apetite. Como contraindicações estão caso de stresses intestinais ou de gravidez.
Este texto é uma tomada de consciência. De acordo com a estação do ano e o momento em que se encontra, cabe a cada um sentir se deve consumir este alimento. A dosagem e frequência depende da natureza e da condição física de cada Ser Humano.