Cereais devem ter um peso elevado na nossa alimentação

Foto de Analogicus em Pixabay.    Há mais de seis mil espécies de grãos de cereais a nível mundial, mas as mais cultivadas são o milho, o arroz e o trigo.

Os grãos de cereais fazem parte da alimentação do homem praticamente desde a sua existência e ainda hoje são a base da cadeia alimentar de muitos povos. Só nos países considerados desenvolvidos é que o consumo de cereais é mais moderado. A sua importância é tal que continua a ser o produto alimentar, face a qualquer outro tipo, com maior quantidade de produção a nível mundial.

Há mais de seis mil espécies de grãos de cereais, mas o trigo, o arroz, o milho, a soja e a cevada eram, em 2014, responsáveis por cerca de 55% da área destinada ao cultivo de cereais no planeta. Já em termos de quantidades produzidas, o milho, o arroz e o trigo ocupam, respetivamente, o pódio mundial da produção de cereais.

Importa, no entanto, sublinhar que devido à elevada procura mundial de cereais, muitos produtores têm apostado em sementes alteradas geneticamente (desde a década 60 e 70) para aumentar a produtividade das colheitas. Uma inovação que produz entre os 30% e os 85% mais do que as sementes tradicionais, mas daí poderão advir também grandes malefícios para o meio ambiente e sobretudo para o consumidor, como por exemplo a alteração de propriedades, como acontece com as do glúten, entre muitas outras.

Em Portugal, a área cultivada com milho transgénico resumia-se em 2011, a cerca de 5,6% da área total cultivada (leia mais sobre transgénicos).

Todos os cereais são grandes fontes de nutrientes: hidratos de carbono, vitaminas, fibras e minerais diversos, além de apresentarem baixos níveis de gordura. Ao consumir cereais está a proteger o coração, o aparelho digestivo, o sistema nervoso, a ajudar a controlar a diabetes, o colesterol, a obesidade ou a evitar determinadas doenças degenerativas, entre outros stresses negativos. Todos estes benefícios existem nos cereais, só que na maioria das vezes estes são consumidos na sua forma refinada, o que anula muitos dos nutrientes essenciais ao nosso organismo.

Comer cereais integrais, produzidos a partir de sementes naturais, é mais benéfico, porque contém mais nutrientes – fibras e minerais como selénio, potássio, magnésio, entre outros, que se perdem na moagem e na refinação.

Mas o que é um cereal integral?

Foto de Suryo Suhono em Pixabay.     O cereal integral é mais caro, mas tem muito mais benefício para o nosso organismo do que o refinado.

É aquele em que o grão é completo, ou seja, composto pelas três camadas que o compõe: o farelo (também chamada a casca), o endosperma (camada intermédia) e o gérmen (a semente).

O farelo é muito rico em fibras, vitamina B, proteínas e minerais, o endosperma fornece hidratos de carbono e energia para o corpo e o gérmen por sua vez possui uma elevada quantidade de minerais, vitaminas e antioxidantes.

É verdade que o cereal refinado é normalmente mais barato do que o integral, mas o nosso organismo vai agradecer o esforço financeiro.

A equipa de especialistas da Harvard School of Public Health já revelou em vários estudos que por cada 28 gramas de cereais integrais que consumimos diariamente é reduzida em 5% a taxa de mortalidade e em 9% o risco de mortalidade relacionada com riscos de stresses cardiovasculares.

Uma consulta rápida a sites da especialidade e blogs (ver por exemplo, www.sapo.pt, www.saudecuidada.com, www.eufic.org, ou www.vegetarianismoveganismo.wordpress.com), é possível confirmar muitos dos benefícios do consumo de cereais. 

Este texto é uma tomada de consciência. De acordo com a estação do ano e o momento em que se encontra, cabe a cada um sentir se deve consumir este alimento. A dosagem e a frequência depende da natureza e da condição física de cada Ser Humano. 

Sinta mais sobre cereais em:

Conheça oito cereais que invadem a nossa mesa

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