Os países da bacia do Mediterrâneo, tal como Portugal, têm um estilo de alimentação completo e equilibrado que segundo os especialistas protege a saúde, promove a longevidade e a qualidade de vida. Esta opção alimentar assumiu uma maior visibilidade na década de 50 do século XX, quando o investigador norte-americano, Ancel Keys, verificou que os países do Mediterrâneo apresentavam uma menor incidência de enfartes, comparativamente com outras zonas do globo. Em causa estava não só a alimentação – abundância de vegetais, leguminosas e fruta e um consumo moderado de peixe em detrimento de carnes vermelhas, laticínios e produtos processados – mas também a gordura usada, o azeite.
Muitos outros estudos se seguiram e as suas conclusões apontaram para um regime alimentar saudável. Um padrão alimentar que levou, em 2013, a chamada “Dieta Mediterrânica” a ser considerada ‘Património Cultural Imaterial da Humanidade’ em países como Portugal, Chipre, Croácia, Grécia, Espanha, Itália e Marrocos. A UNESCO considera que é um modelo alimentar cultural, histórico e de saúde a preservar e para ser transmitido como herança cultural às gerações futuras.
Ciente da importância deste regime alimentar, também o Ministério da Saúde de Portugal, através da Direção-Geral de Saúde, o incluiu no Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (leia mais em Guia Alimentar Mediterrânico).
Os especialistas acreditam que a alimentação mediterrânica poderá assim reduzir a mortalidade provocada por doenças cardiovasculares, por acidente vascular cerebral, cancro, parkinson ou alzheimer, entre outros stresses.
A cozinha mediterrânica tem na sua essência sopas, cozidos, ensopados ou caldeiradas e destaca-se pelo consumo elevado de produtos de origem vegetal (cereais pouco refinados ou integrais, produtos hortícolas, frutas, leguminosas, frutos secos e oleaginosos), frescos, de acordo com a sazonalidade e a opção pelo peixe é moderada, em detrimento dos laticínios, carnes vermelhas [consumo preferencial de carnes brancas: frango ou peru] ou produtos processados. E como condimentos são usados a cebola e o alho, funcionando as ervas aromáticas como um substituto do sal e o azeite a ser consumido com frequência para temperar ou cozinhar. As refeições são acompanhadas principalmente por água, sendo o consumo de vinho feito com moderação (veja mais na roda dos alimentos mediterrânica).
Mas atenção, paralelamente ao regime alimentar importa sublinhar que para a saúde do organismo é fundamental atividade física regular, pois só assim se previne algumas doenças e também a obesidade que hoje em dia já afeta muitos portugueses.
Sinta mais sobre nutrição em:
Três Princípios Filosóficos da Vida
A energia que faz vibrar átomos, células e universo
Alimentação deve respeitar a “natureza e o estado” do Ser Humano
Obsessão por uma alimentação perfeita é um desequilíbrio?
Reforce a sua consciência em:
http://www.apn.org.pt/documentos/ebooks/Ebook_Dieta_Mediterranica.pdf
http://www.fpcardiologia.pt/dieta-mediterranica/