As folhas ou flores de uma planta, podem ser secas ou vivas, juntamente com água, constituem a base secreta de uma boa Infusão para fins de reequilíbrio ou para puro prazer.
A escolha da planta deve recair, preferencialmente, sobre uma produção biológica, para garantir que as suas propriedades e a energia vibratória são de facto as melhores e não sofreram qualquer manipulação e alteração por pesticidas. Deve também procurar plantas que não tenham sido geneticamente modificadas.
Evite saquetas de folhas e flores, pois o tratamento industrial, após várias triturações e produtos de conservação, retiram-lhe muitas das propriedades que a planta oferece. Além disso, as próprias saquetas contêm químicos e materiais prejudiciais para a saúde.
A escolha da água deve recair na sua qualidade mineral e na mais neutra possível ou com um pH acima dos 7,5. Se optar por água da torneira, comece por ferver durante cinco minutos, porque nunca sabemos ao certo que tipo de produtos tóxicos é que lhe são colocados. Só depois de arrefecer até aos 90.ºC é que a água deve ser utilizada para a Infusão.
De acordo com o local e o momento onde nos encontramos, devemos selecionar a planta mais apropriada ao que sentimos ou a que consideramos ser a indicada para nos ajudar a ultrapassar um certo desequilíbrio.
A quantidade de folhas ou flores a usar depende do tipo de planta escolhida e do volume de água mas, normalmente, para uma chávena de água é recomendado até duas colheres de chá de folhas ou flores, se forem secas. Para folhas e flores vivas, isto é, em estado natural, então a porção tenderá a ser maior.
Para fazer a Infusão deve, numa primeira fase, colocar num bule a planta eleita com um pouco de água fria, durante alguns minutos, para poder ser ativada a clorofila e todo o seu potencial energético e vibratório.
A água deve ser aquecida numa chaleira ou cafeteira, mas a temperatura não deve ultrapassar os 90ºC. A água para a Infusão não deve ferver, pois uma temperatura muito elevada retira o oxigénio da água, anula algumas das propriedades que a planta oferece e ainda torna amargo o sabor da Infusão de algumas plantas.
A água quente é depois deitada no bule, ou outro recipiente, onde está a planta, previamente demolhada num pouco de água fria. O tempo da Infusão varia de planta para planta, mas em média atinge os 10 minutos, podendo em alguns casos chegar os 15 minutos. Também não é aconselhado mexer a planta durante a Infusão.
Durante o período da Infusão, aproveite para respirar calma e profundamente, e também para agradecer à planta a generosidade das suas propriedades que vão repor o equilíbrio no seu Corpo, na sua Alma e até no seu Espírito, ou apenas o prazer que esta lhe irá proporcionar ao beber.
No entanto, há certas plantas em que a opção recai sobre caules, raízes ou cascas – por exemplo canela ou gengibre –, então aí fazemos uma decocção. Esta operação consiste em ferver as partes da planta durante mais de 10 minutos para que se consiga obter as propriedades e o potencial da energia vibratória disponíveis. Também neste caso, coloque inicialmente o caule, raiz ou casca em água fria durante alguns minutos e só depois é que deve levar ao lume para ferver.
A infusão deve ser bebida morna e não muito quente para não provocar danos no organismo, alguns dos quais podem até dar origem a doenças degenerativas na tiroide, esófago e estômago. Por exemplo, no sul do Brasil, região dos gaúchos, é tradicional o consumo da infusão de erva-mate muito quente. Coincidência ou não há muitas pessoas com desequilíbrios no aparelho digestivo.
Tanto a Infusão como a Decocção devem ser bebidas ainda mornas, de acordo com o gosto de cada pessoa, e de preferência no seu estado natural. Se considerar a bebida amarga, opte por adicionar um pouco de mel ou açúcar mascavado.
Beba e sinta todo o prazer da Infusão escolhida e não se esqueça de agradecer a generosidade que a planta lhe proporcionou.
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