Estado e escolas públicas aceitam vegetarianos

Foto de lbokel em Pixabay.     Uma petição de 15 mil portugueses obrigou os políticos a discutirem e a aprovarem a obrigatoriedade de haver menus vegetarianos em cantinas de entidades públicas.

A porta do estado está aberta para servir oficialmente refeições vegetarianas. A decisão histórica foi assumida em 2017, com a aprovação, no Parlamento Português da Lei que obriga a ter em todos os menus das cantinas de estabelecimentos públicos uma opção sem produtos de origem animal.

Assim, desde meados de 2017 que escolas, universidades, hospitais, prisões, lares, autarquias, serviços sociais da administração pública, entre outras entidades do Estado, passaram a disponibilizar, pelo menos, um prato vegetariano (Leia aqui). Esta legislação é o resultado de uma petição com mais de 15 mil assinaturas e que mereceu luz verde política, após o próprio Ministério da Saúde já ter reconhecido, em 2015, os benefícios de uma alimentação vegetariana.

“Nas últimas décadas, com o aumento do conhecimento nas ciências da nutrição e do ambiente, tem aumentado a evidência científica a favor da maior presença de produtos de origem vegetal na nossa alimentação. As populações com consumos elevados ou exclusivos de produtos de origem vegetal parecem ter menor probabilidade de contraírem doenças crónicas, como doença cardiovascular, certos tipos de cancro, diabetes e obesidade”, diz a Direção-Geral da Saúde (DGS) no programa nacional para a promoção da alimentação saudável – Linhas de Orientação para uma alimentação vegetariana saudável.

“Uma alimentação exclusivamente vegetariana, quando bem planeada, pode preencher todas as necessidades nutricionais de um ser humano e pode ser adaptada a todas as fases do ciclo de vida, incluindo a gravidez, lactação, infância, adolescência e em idosos ou até atletas”, precisa o mesmo documento.

Mas a opção vegetariana não se restringe apenas à saúde do nosso corpo, promove também o respeito pelos animais, a sustentabilidade do meio ambiente e a biodiversidade. Conceitos há muito defendidos pelas Nações Unidas que reclamam a necessidade do ser humano ter uma “alimentação sustentável” para salvaguardar o Planeta e as futuras gerações.

Há mais de 120 mil vegetarianos

Foto de Annca em Pixabay.    O número de vegetarianos em Portugal quadruplicou nos últimos 10 anos em Portugal, segundo um estudo revelado pelo Centro Vegetariano. 

A resposta dos portugueses ao desafio de ter uma alimentação e uma vida na Terra sustentável tem crescido todos os anos e o último estudo promovido pelo Centro Vegetariano, divulgado em 2017, revelou que o número de vegetarianos em Portugal quadruplicou na última década. Hoje há cerca de 120.000 portugueses que seguem um regime alimentar vegetariano, dos quais cerca de metade são vegan.

Mas o que é uma pessoa vegetariana? “É alguém que se alimenta de cereais, legumes, leguminosas, frutas, sementes e frutos-secos, algas, entre outros, podendo ou não consumir derivados de origem animal, nomeadamente lacticínios, ovos ou mel.
Um vegetariano não consome qualquer forma de carne, embora algumas correntes mais abrangentes como o ‘semivegetarianismo’ ou o ‘flexitarianismo’ se apresentem como regimes parcialmente vegetarianos, estes não devem ser considerados como um tipo de vegetarianismo”, segundo a Associação Vegetariana Portuguesa.

De sublinhar que entre vegetarianos existem diferenças conforme a alimentação:

  • Ovolactovegetariana, excluem carne e pescado, mas permite ovos e laticínios;
  • Lactovegetarianos, não comem carne, pescado e ovos, mas ingerem laticínios;
  • Ovovegetariana, rejeitam carne, pescado e laticínios, mas consomem ovos;
  • e os Vegan, não comem carne, peixe, ovos ou laticínios, nem consomem calçado, vestuário, produtos de higiene ou outros que contenham vestígios de origem animal ou que sejam testados em animais.

Os especialistas alertam, no entanto, que a opção por uma alimentação exclusiva vegetariana não garante só por si saúde. A regra base de alimentação saudável é aquela que tem em consideração as necessidades individuais de cada pessoa (ler o texto “Três Princípios Filosóficos da Vida”), devendo ser suficiente, equilibrada, diversificada e adaptada a cada situação e circunstância. No caso de uma alimentação vegetariana, por exemplo, é necessária uma adequação do organismo e um planeamento para que não exista um défice de nutrientes ou um consumo de excesso de sal, gordura ou calorias, referem os especialistas nas ‘Linhas de Orientação para uma alimentação vegetariana saudável’.

“A adoção e manutenção de uma dieta vegetariana, em particular, uma dieta vegan, exige um mínimo de conhecimentos específicos, alimentares e nutricionais, que apesar de serem simples, não são intuitivos”, acrescentam os especialistas no mesmo documento disponibilizado na Direcção-Geral da Saúde.

Foto de Kevin Petit em Pixabay.       Os vegetarianos não consomem qualquer alimento de carne no seu dia-a-dia.

 

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Nutrição crua e viva amiga das nossas células

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Reforce a sua consciência em: 

http://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp/wp-content/files_mf/1444910720LinhasdeOrientaçãoparaumaAlimentaçãoVegetarianaSaudável.pdf

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